Garota Gamer – Batman | Arkham Asylum
Hoje, iremos bater um papinho sobre uma pequena parte da saga que vem dando o que falar entre os gamers e o pessoal nerd, e também está sendo consagrada como um dos melhores arcos de séries de quadrinhos da atualidade. O game que desbancou o título do melhor e mais bem produzido jogo contendo heróis como protagonistas, lugar até então, ocupado pelo jogo do Spider Man originalmente lançado para os PSOne no ano de 2000. Senhores locopassageiros, preparem seus controles, pois iremos viajar para a parte menos glamorosa da metrópole do cavaleiro das trevas.
Welcome to the Madhouse – Arkham Asylum
Ah! Como eu amo games de ambiente fechado, é um casamento perfeito entre o jogador e o jogo.
Tudo começa com o CG que mostra a captura do nosso vilão de cabelos green fashion, que logo após fazer aquela bagunça na cidade de Gotham, foi pego pelo cavaleiro das trevas e levado até a ilha isolada da cidade onde se encontram os doentes perturbados (Bom, ele literalmente voltou para casa, né 😉 ). Dentro do sanatório/penitenciária de Gotham, a parceira amante amalucada do Joker (eu odeio ela, odeio a voz dela, odeio a exibição de ginasta dela, odeio-a em tudo. Desculpem, mas eu não me simpatizo com a Harley Quinn) ajuda-o a escapar da camisa de força e a raptar o comissário Gordon. Já deu para sacar que a coisa vai ser incrivelmente insana, né? (Salve o pudinzinho! Aff… pelo amor cupido, quanta palhaçada unida essa sua flecha fez hein!)
I can take anything you throw at me, Bats. You can’t beat me this time, I’m actually going to win! Ready for the next round?
Bom, se por um lado o Coringa tem uma doutora com Ph.D. em psicologia para lhe oferecer apoio, por outro, o Batman irá contar com uma ajudinha extra da sua parceira hacker, Oracle. (Inclusive, particularmente gostaria de aproveitar para comentar que a voz dele no game é fascinante, muito sexy!)
A habilidade de combate do Batman é muito boa, apesar de ele andar parecendo o Robocop naquele uniforme negro. Dentre as várias delas no modo ataque, contra-ataque e atordoamento, a que eu mais gosto de usar, é aquela a qual ele se pendura de ponta cabeça no teto e ataca os oponentes de surpresa, os atordoa e depois os deixa pendurados. (É, eu acho que tenho uma tendência à loucura ou o Batman é que tem….hum, eu preciso de médico especialista para solucionar esta charada agora)
Os bat-gadgets são uma maravilha da criatividade, além de eficientes também. Adoro brincar com eles, principalmente o batrang, muito divertido acertar os alvos a longa distancia com eles.
Dentre as quests do jogo, a mais trabalhosa delas é acertar as charadinhas do abestado do Mr.Ridller. Sim, elas são um tanto quanto incomodas e inteligentíssimas, porém chatas de se encontrar no ambiente além de serem de difícil acesso também. Nesta parte, o jogador terá de trabalhar muito mais com o lado intelectual do Sr.Wayne.
Durante o desenrolar do game, eu achei intrigante e atraente os soundtapes das conversas dos médicos com os pacientes em tratamento (Tem-se revelado aqui o inicio do relacionamento da Dr. Harleen Frances Quinzel e do Joker, um affair nada convencional, bizarro e engraçado). Eu consegui descobrir muita coisa nova do universo DC e o passado de seus loucos personagens. (Ponto positivo aos produtores!)
“What are you, Batman? … Poor little bat. You’re in my world now! Is your mind playing tricks on you… or am I? “
Todos os estereótipos dos vilões secundários foram muito bem trabalhados nesta produção. No entanto, eu considero um destaque maior para o doutorado na psicologia do medo.
Scarecrow fica com o troféu do Vilão mais medonho desta versão. A composição da personagem é perfeitamente sinistra, desde a história, a personalidade maníaca e o visual surrealista, muito parecido com as enfermeiras de Silent Hill.
Destaco também a trilha sonora desta batalha, que mescla com o infantil da mente do homem morcego com o lado que fomenta o mais sombrio da dualidade dele em vestir a máscara (Convenhamos que adentrar na mente calculista do nosso herói é uma experiência no mínimo interessante e confusa, e a música transmite este fato de uma maneira encantadora aos players).
No geral, os gráficos foram muito bem projetados, a atmosfera claustrofóbica de todo o jogo foi bem desenvolvido, digna das trevas e caráter corrompido de Gotham. A trilha sonora é fantástica, ótima demais também! O Morcegão está arrasar neste game, ficou muito dark, amei jogar! Eu me senti como o Batman.
O arqui-inimigo do morcegão poderia ter sido trabalhado melhor no quesito chefão-final, faltou mais empolgação e dificuldade em poder dar umas belas cassetadas nele. Não gostei apenas disso.
Veredicto final: A Rocksteady Studios arrebentou nessa produção. Recomendo muito!